29 de out. de 2007

Êxodos - Humanidade em Transição.

Trabalho - Humanidade em Transição 1993-1999.
Artista: Sebastião Salgado - Fotógrafo Social.



Movido pelos milhões de refugiados, migrantes e destituídos do mundo, o fotógrafo Sebastião Salgado documentou a situação em 41 países durante quase sete anos. Por quê? "Espero que tanto como indivíduos, grupos ou uma sociedade, façamos uma pausa para pensar na condição humana na virada do milênio. Na sua forma mais brutal, o individualismo continua sendo uma fórmula para catástrofes. É preciso repensar a forma como coexistimos no mundo."

Para ver os demais trabalhos de Sebastião Salgado, clique aqui.

Os trabalhos do fotógrafo estão subdivididos em:

1) Êxodos - Humanidade em Transição:

1.1) Refugiados e Migrantes;

1.2) A África à deriva;

1.3) A Luta pela Terra;

1.4) Megalópoles.

Trabalho anterior: O Mundo da Maioria 1977-1992.

Quem é Sebastião Salgado?

Desistindo de uma promissora carreira de economista, aos 29 anos Sebastião Salgado abraçou o universo da fotografia e, em pouco tempo, se tornou o mais prestigiado fotógrafo da atualidade. Fotografando sempre em branco-e preto e principalmente reportagens sobre a condição humana e a social, costuma dedicar-se meses ou até anos para desenvolver um mesmo tema. Mineiro, é o único homem, e o sexto, entre nove irmãs. Formado em Economia em Vitória, no Espírito Santo, e pós-graduado na Universidade de São Paulo (USP), trabalhou no Ministério da Economia em 1968. Durante a ditadura militar, foi obrigado a exilar-se, indo morar, em 1969, em Paris. Na capital francesa, doutorou-se em Economia, em 1971. No mesmo ano, começou a trabalhar na Organização Internacional do Café, como consultor no controle de plantações na África. Foi estudando os cafezais africanos que descobriu as possibilidades da fotografia: melhor meio de retratar a realidade econômica do que textos e estatísticas. Retornando a Paris, em 1973, iniciou a vida como fotojornalista. Suas primeiras reportagens, como free lance, foram sobre a seca na região africana de Sahel (faixa ao sul do Saara) de Níger e trabalhadores imigrantes na Europa. Entrando para a agência Gamma (1974), realizou uma série de imagens sobre a Revolução dos Cravos em Portugal e a guerra civil em Angola e Moçambique. Na agência Sygma (1975-1979), viajou por mais de 20 países da Europa, África e América Latina, cobrindo vários eventos. Em 1979, tornou-se membro da Magnum Photos, uma cooperativa de fotógrafos, fundada em 1947 por Robert Capa e Henri Cartier-Bresson, entre outros. Iniciou então a comovente série de fotografias documentais sobre camponeses na América Latina. O trabalho, que durou sete anos, resultou no livro Autres Ameriques (1986). Em 1986, trabalhando para a Organização Humanitária Médicos sem Fonteiras, fotografou, durante 15 meses, os refugiados da seca e o trabalho dos médicos e enfermeiros voluntários na região africana de Sahel da Etiópia, Sudão, Chade e Mali, o que resultou no livro Sahel – L'Homme en Détresse. A série Workers, sobre trabalhadores em escala mundial, realizada de 1987 a 1992, correu o mundo em exposição.

Qual seu próximo projeto?

Sebastião Salgado acaba de concluir um projeto que consistiu em documentar a campanha mundial para a erradicação da poliomielite, uma doença que praticamente desapareceu nos países mais ricos mas continua a aleijar e matar milhares de crianças e adultos em países em desenvolvimento. Os principais parceiros mundiais desta campanha são o UNICEF, a OMS (Organização Mundial de Saúde), os Centros Norte-americanos de Controle e Prevenção de Doenças, o Rotary Internacional e laboratórios privados tais como o Aventis Pasteur.
Sebastião Salgado esteve na Somália, no Sudão, na Índia, no Congo e no Paquistão, onde fez a cobertura da maciça campanha de vacinação para a imunização contra a poliomielite.

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